Data: 04-04-2012
Criterio: A2c;B2ab(iii)
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Guzmania monostachia ocorre em subpopulações disjuntas no nordeste do Brasil. A espécie não é endêmica do Brasil, e tem registros em três serras no Estado do Ceará e em uma localidade no Estado de Pernambuco. Entretanto, esse registro foi feito em 1973 e a subpopulação foi considerada extinta. Apesar de plântulas que podem ser da espécie terem sido encontradas em outra localidade, acredita-se que G. monostachia não ocorra mais neste Estado. Além disso, a espécie tem AOO de apenas 56 km². G. monostachia ocupa remanescentes de Florestas Ombrófila Densa e Estacional Semidecidual em regiões de brejos de altitude da Caatinga. Estes tipos de formação florestal estão altamente fragmentados no nordeste brasileiro, e estima-se que cerca de 30% de perda da cobertura vegetal original tenha ocorrido nos últimos anos. Foram identificadas seis situações de ameaça distintas. A espécie é coletada e utilizada para forrageio de animais. Assim, foi classificada como "Vulnerável" (VU).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Guzmania monostachia (L.) Rusby ex Mez;
Família: Bromeliaceae
Sinônimos:
No Brasil G. monostachia protagoniza um caso de disjunção. As subpopulações brasileiras vivem exclusivamente nas serras de Maranguape, Baturité e Aratanha, no Ceará (Filho; Leme, 2006). Há um único registro da espécie para a região serrana da Taquaritinga do Norte (PE), sendo as respectivas populações consideradas extintas, à medida que não foram encontrados sinais de sua existência na área desde o último registro histórico, ocorrido em 1973. Por outro lado foram encontradas, recentemente, na Serra da Taquara (PE) plântulas que podem ser da espécie, o que ainda dependem de confirmação (Filho; Leme, 2006)
A espécie ocorre exclusivamente no Bioma Mata Atlântica, em Florestas Ombrófila Densa e Estacional Semidecidual. Segundo Benzing (2000), é a espécie mais abrangente do gênero e apresenta grande versatilidade ecológica, incluindo a tolerância para altitudes baixas e elevadas, assistida em parte pelo seu metabolismo facultativo CAM. A espécie também apresenta fenótipos tolerantes ao sol e a sombra, demonstrando uma ecofisiologia variada.
1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Deficiente de Dados" (DD) na Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.
- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; GONZÁLEZ, M. ET AL. Bromeliaceae da Mata Atlântica Brasileira: Lista de Espécies, Distribuição e Conservação. Rodriguésia, v. 59, n. 1, p. 209-258, 2008.
- FILHO, J. A. S.; LEME, E. M. C. Fragmentos da Mata Atlântica do Nordeste: Biodiversidade, Conservação e suas Bromélias. 2006. 415 p.
- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; LEITMAN, P. ET ALSTEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Bromeliaceae. 2009. 186 p.
- BENZING, D. H. Bromeliaceae: Profile of an Adaptive Radiation. Cambridge University Press, 2000. 690 p.
- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.
CNCFlora. Guzmania monostachia in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Guzmania monostachia
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 04/04/2012 - 19:37:41